Por Dentro dos Resultados
CEO da Moura Dubeux diz que Selic alta gera necessidade de proteção de caixa e espera boa performance de vendas.
Ao InfoMoney, Diego Villar e o CFO Marcello Dubeux disseram que a empresa está preparada para enfrentar o período mais desafiador, sem dívida corporativa
Por
Anderson Figo
31 mar 2023 18h23
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Atualizado 3 dias atrás
A manutenção da Selic em 13,75% ao ano encarece os financiamentos e acende um alerta para o mercado imobiliário, por isso o momento para as incorporadoras de imóveis é de proteção de caixa. A percepção é de Diego Villar, CEO da Moura Dubeux (MDNE3), que viu seu lucro líquido cair 28,7% no quarto trimestre de 2022 frente ao mesmo período do ano anterior. Ao InfoMoney, no entanto, ele disse estar otimista com o crescimento da marca, que atua no Nordeste.
"A gente tem otimismo em relação à marca e o nosso mercado. A nossa expectativa para o primeiro trimestre de 2023 é de uma boa performance de vendas, alinhada ao que a gente viu ao longo dos trimestres do ano passado. Porém, quando a gente olha para frente, eu particularmente tenho uma preocupação muito grande com essa taxa do financiamento à pessoa física para a compra do imóvel e o não crescimento da renda ou um possível cenário de inflação corroendo ainda mais sua capacidade de se endividar", completou o CEO.
Marcello Dubeux, CFO da companhia, ressaltou que a empresa está preparada para enfrentar o momento mais desafiador. "Tanto que a empresa tem zero dívida corporativa (...), todas as nossas obras estão financiadas, isso traz tranquilidade em relação ao crédito, olhando para o que já está contratado, o que já está na rua, que a gente tem que entregar, que são 44, 45 canteiros de obras que estão em andamento. Olhando para frente, o crédito pode apertar no sistema financeiro? Pode. Mas sabemos que o mercado imobiliário tem uma visão especial dentro dos bancos. Os bancos estão seletivos mas a gente também vai ser muito seletivo com relação ao que a gente está lançando", afirmou.